quinta-feira, 28 de abril de 2011

TEM CABIMENTO A LEI QUE PROÍBE BEBIDA ALCOÓLICA NA SEXTA-FEIRA SANTA?

Um cidadão impôs uma lei, no segundo maior município do Estado (Feira de Santana), que proíbe as pessoas de beberem na Sexta-Feira Santa! Isso passa por cima da promulgação da Constituição que, em 2009, dá liberdade de credo. É, portanto, uma imposição de ritual para quem não cultiva isso! É a lei 2.995/2009.

Comento o fato no meu programa Sintonia da Rádio Metrópole. Assista ao vídeo e me diga se você acha que essa lei tem cabimento.





quarta-feira, 27 de abril de 2011

POR QUE O NOVO INCOMODA? - Jornal A Tarde - Coluna Religião

Veja o que comentei sobre o Pe. Marcelo Rossi, no meu artigo para o jornal A Tarde do dia 26 de abril. Não é surpreendente? E eu que pensei que só acontecia na minha religião!!!!

Nesta semana que passou, o Pe. Marcelo Rossi deu uma contundente entrevista às páginas amarelas da revista semanal Veja, onde fala de suas pregações, do líder de grandes massas que se tornou, da sua vaidade ao usar finasterida para não ficar careca, como também da dificuldade de ser ele mesmo, “sinto-me preso às vezes em minha imagem pública (...). Adoro praia, mas não dá para ir”. Toda a entrevista foi repassada de muita humanidade, o que não pode ser diferente, pois, afinal de contas, o que somos?

Chamou-me, no entanto, muito a atenção o desabafo do padre, quando perguntado por um prêmio, o Van Thuân, que condecora os “evangelizadores modernos”, recebido das mãos dos Papa. Aí, não houve meias palavras, respondeu:”... A confirmação de que estou no caminho certo. Interpreto como um cala-boca na Arquidiocese de São Paulo.(...) Sabe quantos padres me ligaram para me cumprimentar pela condecoração? Um. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil até agora não me procurou...”. Em seguida, por gestos, segundo a revista, atribuiu o desdém dos seus pares à dor de cotovelo.

Confesso que me surpreendi, uma vez que pensava que essas questões só aconteciam na minha religião, em minha direção. Infelizmente, todo homem de ideias velhas, ou envelhecidas guarda um medo muito grande dos processos de mudanças. Seguramente, não se trata apenas de confrontos de conceitos, ou de paradigmas, mas um medo de desconfiguração de liderança, o velho temível receio humano da rejeição. Pura tolice. Cada líder a seu tempo precisa entender o que escreveu Belchior, na música Como Nossos Pais: “...Mas é você que ama o passado e que não vê. É você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem”. É inexorável. É da vida. Religioso e não precisam ter em mente que passarão, como os antecessores de todos nós passaram. Não é crível que, em nome de uma vaidade que se decompõe pela ação do tempo e a perda de tonicidade de estilo, bem como de roupagem diferente para princípios de sempre, o antigo ou sem renovação se sinta ofuscado, ameaçado, despeitado pelo novo, no contexto global de modificação que assoma a tudo, por todos os lados e quadrantes.

Pe. Marcelo Rossi como todos que inovamos, permitam-me a inclusão, temos que arrastar uma espécie de pesada bola de ferro que tentam nos colocar nos calcanhares, pela ousadia de querer caminhar fora do alinhamento, da marcha de sempre. Essas são almas atormentadas que, na iminência natural e factível do chegar ao fim da caminhada, apegam-se às tradições, para não ceder espaço como proprietários dos púlpitos e tribunas das pregações religiosas. Lamentável atestado de apego e falta de compromisso real com o desiderato que abraçaram. Poderiam, como luminosa comissão de frente, destacar o que vem mais atrás, em uma grande evolução do samba enredo de vidas que se permitiram e agora abrem a charrua para os novos semeadores; mas não, dificultam, procuram ater a marcha. Nada funcionará, pois o novo sempre chega.

JOSÉ MEDRADO/MÉDIUM, FUNDADOR E PRESIDENTE DA CIDADE DA LUZ

quarta-feira, 20 de abril de 2011

VICIADOS NO JEITINHO - Jornal A Tarde - Coluna Opinião

Como poderemos construir valores equânimes em uma sociedade tão desigual, se não guardamos a dimensão do nosso poder, como votantes, quando exercemos em nossas ações uma estropiada “democracia de interesses”? Agimos, geralmente, de igual forma daqueles que em rodas de bate-papo criticamos, só que em dimensão menor, possivelmente, por falta de oportunidade para ações maiores.

Caro leitor, não meneie a cabeça na negativa, leia antes. Vivemos criticando os “espertinhos” de plantão, mas estamos aqui e ali estacionando em vagas reservadas a idosos e/ou deficientes; paramos em fila dupla para deixar os nossos filhos na escola; damos um dinheirozinho aqui, outro ali para “facilitar” o encaminhamento de nossos interesses em muitos dos órgãos públicos; agora, então, período de apresentação de Imposto de Renda, sem comentários! Ora, ora, vamos agora, prontamente, eleger nossas justificativas, pois, as nossas são as legítimas. Os que acusamos também fazem o mesmo, justificam-se, da mesma forma, começando talvez por um: No meu caso é diferente...

Se você, no entanto, não age de forma alguma ao descrito acima, você é um legítimo cidadão, pugnador da democracia, deve se sentir aviltado, ultrajado diante de tanta desfaçatez e ignomínia. Continue reagindo, não ceda. Se está tentando fazer, mas cai aqui e ali, está no caminho certo, insista.

Vibro, no entanto, quando o Brasil faz valer a sua Constituição, quando, por exemplo, o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decide suspender, a partir de setembro, a transmissão de programas religiosos na TV Brasil. Os programas eram exibidos pela TVE desde 1989. Com a criação da EBC, passaram para a TV Brasil. Aos postulantes do juris esperniandi, a verdade é que não se trata de ser contrário a esta ou aquela religião, mas de se fazer valer, sim, a força do conteúdo da nossa Constituição, tão vilipendiada, rasgada e pisoteada pelos interesses dominantes de plantão, inclusive os nossos.

Precisamos mudar, pois ainda nos encontramos neste processo viciado do abominável jeitinho brasileiro.

José Medrado
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

segunda-feira, 18 de abril de 2011

154 ANOS DE "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" - HOJE!

Em 18 de abril de 1857, foi lançada a primeira edição de O Livro dos Espíritos (Le Livre des Esprits) em Paris, França. Assim, no dia de hoje, há 154 anos, surgiu a primeira obra da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec. São cinco livros publicados pelo pedagogo Hippolyte Léon Denizard, sob o pseudônimo de Allan Kardec, entre 1857 e 1868: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese. Você já leu o Livro dos Espíritos?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

DIA 19 DE ABRIL - HOMENAGEM AO ÍNDIO, NA CIDADE DA LUZ

19 de Abril – Dia do Índio

Esta data comemorativa foi criada em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540.


Mas, por que foi escolhido o 19 de abril? No ano de 1940, ocorreu no México o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados a participar das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios, há séculos, estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”. No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.


A Cidade da Luz acolherá, no dia 19 de abril, índios da tribo Xucuru kariri, para uma merecida homenagem. Eles farão exposição de seu artesanato e apresentação de dança típica. Porém, vão em busca de alimentos não-perecíveis e livros com os quais desejam iniciar a biblioteca da tribo. Colaborem, portanto.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

ACREDITAR NÃO, RACIOCINAR SEMPRE - Jornal A Tarde - Coluna Religião

Eu penso que a ninguém se deve pedir, exigir uma fé, pois ela não passa por um processo de imposição de convicções, de certezas que, muitas vezes, só o profitente, de maneira segura, tem.

A estruturação da fé, devo reconhecer, muitas vezes, nasce de sentimentos muito subjetivos, que podem não ser alcançados pelo vulgo comum, digamos, mas que se tornam arrebatadores na vivência de quem os sente.

Exigir uma fé é ato de tamanha violência, que se assemelha a tortura fascista, digna de um carrasco, pois, se o coração não foi tocado, se a razão não foi sensibilizada, nada, portanto, sortirá o efeito real da crença. É muito difícil, preciso reconhecer, que uma pessoa abra mão de toda a sua verdade histórica acerca de algo, em especial da crença religiosa, para passar a acreditar sem vacilo, sem titubeio em algum fenômeno ou situação que seja apanágio dos que acreditam. Honestamente, não penso que os fenômenos mediúnicos, por exemplo, possam transformar a fé de alguém, muitas vezes eles se transformam em pontos de incômodos, de desconforto que podem até gerar um confronto e busca obstinada do contraditório, em explicações vazias ou até mesmo de justificativas esdrúxulas aquilo que não se consegue racionalizar e aceitar de maneira tranquila.

Vejo muito frequentemente isso no caso da pintura mediúnica, a pessoa está ali vendo um quadro a óleo ser feito entre 5 e 12 minutos, mas prefere buscar a desqualificação como instrumento de acomodação de sua mente cética à possibilidade de uma realidade que transcenda à sua verdade.

Chico Xavier sempre foi ridicularizado pelos críticos literários, quando apreciavam os seus escritos poéticos, nascidos de nomes venerados em nossa literatura, como Castro Alves, Casemiro de Abreu, Augusto dos Anjos... mas, nenhum deles, ao contrário de seus pontos de vista, reconheceu, então, a genialidade de um escritor tão prolífero, oferecendo destaque no rol dos grande acadêmicos brasileiros.

Realmente, a fé não se pode exigir, mas o pensar racionalmente se torna uma obrigação a seres que se distinguem no reino animal pela inteligência e capacidade cognitiva discernitiva. É dessa forma, então, que não poderemos simplesmente dizer que as crianças chacinadas em Realengo, no Rio de Janeiro, tinham que passar por aquilo, simplesmente e pronto. É simplificar muito o processo da lei de causa e efeito e imaginar que alguém reencarnaria com o propósito de ser assassino, para retirar da vida jovens quase crianças, “porque tinha que ser assim”. Nada dessas misérias e tragédias nascidas do livre arbítrio humano “tinha que ser assim”.

Precisamos colocar em nossas considerações de fé o repasse pelos corredores da razão, analisando de maneira isenta tudo que possa se relacionar com a situação sob avaliação, ou seja: não poderemos fechar questões simplesmente com sentenças menores, como chavões, para fechamento de questão. Isso serve aos fanáticos, jamais aos que querem viver uma fé raciocinada.

JOSÉ MEDRADO / MÉDIUM, FUNDADOR E PRESIDENTE DA CIDADE DA LUZ

(Jornal A Tarde:14-04-2011)

sábado, 9 de abril de 2011

ORAÇÃO DA SOLIDARIEDADE

No dia 08 de maio de 1999, estando em Assis (Itália), ocorreu um momento muito bonito na minha relação com um dos mentores da Casa: Carlos Murion. Fui por ele concitado a psicografar uma oração que ele havia captado de Francisco: a Oração da Solidariedade.
Assista ao vídeo.


terça-feira, 5 de abril de 2011

SHOW DE MARIENE DE CASTRO EM JANTAR DA CIDADE DA LUZ

Mariene de Castro cantou e encantou a todos os presentes, na noite de 02 de abril, na Cidade da Luz, no jantar que intitulamos “À Mesa com Mariene de Castro”.

Veja abaixo momentos do seu belo show e me diga se você gosta da sua voz.