segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Obras de Gauguin e Berthe com os meus votos de uma Primavera cheia de flores para vocês. Estarei viajando atendendo convites do Arthur Findlay College e das Igrejas espiritualistas da Grã-Bretanha. No possível vou postando alguma coisa por aqui. Até. (Ampliem e vejam a abordagem do vaso em si de Gauguin).





"Seja você a mudança que quer ver no mundo" (Mahatma Gandhi)
Medrado citou em sua palestra a frase de Gandhi e corroborou dizendo: "As pessoas percebem que quando o campo energético é saturado, no melhor dos sentidos, com ações mobilizadoras, com pensamentos enriquecedores, com sorriso, com alegria, ele vai se projetar com leveza, vai se desdobrar contagiando e isso faz uma verdadeira corrente invisível de sensibilização e as pessoas do entorno vão sendo envolvidas.



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Política e Educação 
(Coluna Opinião - Jornal A Tarde - 17/09/2014)

Se, de fato, a educação é o caminho para o avanço de uma sociedade, na conquista de um país mais equânime, segundo estudos de toda natureza, por que o Brasil nunca realmente se lançou a este processo, seguindo países que se tornaram grandes potências exatamente por conta desta senda? Aqui e ali sempre ouvimos que a ignorância do povo favorece a cena do ilusionismo dos políticos, em manutenção perpétua do seu malabarismo verbal para iludir, do contorcionismo moral para suas alianças e conchavos, pois para a maioria o que vale é ganhar.

Nesse vale-tudo, o mundo cão sai de alguns programas com certa audiência e vai para o horário político, em espetáculo de engodo e agressões. Os fins justificam os meios. Lá atrás muitos dos admiradores de Lula desferiam a sua ira contra Regina Duarte que dizia ter medo do que pudesse acontecer com o Brasil, sendo Lula presidente. Collor foi menos que rasteiro ao apresentar uma ex-namorada de Lula que falou sobre o pedido de aborto feito pelo líder sindicalista. O que mudou? Nada, ou melhor, os atores das cenas.

Aposta-se no eleitorado fanático de todos os lados, que, movido pela paixão, sem reflexão, nunca vê nada de equivocado ou falacioso em seus candidatos, sejam eles de que tendência for. Nesse sentido, ação combatida ontem surge como objeto de convencimento hoje, como camaleões não guardam ideais, mas a sanha de vencer a todo custo. Alguém já disse que somente através de uma mudança cultural real, não demagógica, inserindo nas grades curriculares um sistema educacional sem peias, que ensine a importância da política na vida do povo e orientando as crianças que votar é praticar a plenitude da cidadania, para o bem geral e comum, conscientizando para o pleno exercício do ser cidadão. Dessa forma, passaremos realmente a ser uma democracia representativa, onde a consciência será o mote do voto, não o interesse imediato, realçado pelas chantagens de marqueteiros escalados para moldarem sonhos e ilusões.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sucesso e Inveja 
(Coluna Opinião - Jornal A Tarde - 03/09/2014)

Um amigo me ligou reportando que se o Supremo Tribunal Federal propôs na última quinta, 28, um projeto de lei para aumentar os salários dos ministros da Corte, nós, servidores do judiciário, iríamos "nos dar bem". Esse projeto em nada beneficia o servidor do judiciário federal, que fique claro.

O Poder Executivo apresentou ao Congresso Nacional o texto do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2015 sem previsão de recursos para o reajuste dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU). Só na sexta que o STF protocolou, na Câmara dos Deputados, um novo projeto de lei que contém a reposição salarial dos servidores do judiciário. Naturalmente não haverá o mesmo interesse de se viabilizar, como será o dos ministros. É uma luta desigual. Mas o que percebi foi talvez uma velada inveja. Será verdade ou folclore que o brasileiro se incomoda com o sucesso do outro? "Fazer sucesso no Brasil é ofensa pessoal", afirmou Tom Jobim.

Procuro estudar o comportamento humano e sempre me pergunto sobre essa questão. Já fui alvo de situações que me levaram a acreditar na possibilidade. O antropólogo Roberto DaMatta, em seu livro Crônicas da vida e da morte, trata de vários assuntos, entre eles a inveja. E afirma, ipsis litteris: “A inveja é um sentimento básico no Brasil. Está para nascer um brasileiro sem inveja. A coisa é tão forte que falamos em ‘ter’, em vez de ‘sentir’ inveja.Outros seres humanos e povos sentem inveja (um sentimento entre tantos outros), mas nós somos por ela possuídos. Tomados pela conjunção perversa e humana do ódio e do desgosto, promovida justamente pelo sucesso alheio".

É possível que você, caro leitor, esteja agora se excluindo dessa taxativa afirmação, mas seguramente vai lembrar de algum ato de inveja que sofreu. Mas será mesmo uma verdade: colecionamos, a depender do grau de exposição e ou sucesso, incômodos, desconfortos e ciúmes de toda natureza por tudo que conquistamos e trabalhamos?