O 25 de dezembro tem vários sentidos históricos, muitos afirmam que era uma data "pagã, podendo ser de origem solar... A Saturnal dos Romanos a precedia" (Nelson's Encyclopedia); ou ainda a data "da antiga festa Romana em homenagem ao Sol" (celebrando o nascimento do deus-Sol), segundo a American Encyclopedia; "A Saturnal era uma festa de prazeres desenfreados... A data do Natal foi fixada na mesma época" (M de Beugnot - História, Vol 2, pág 265); "A Igreja... voltando ao paganismo... precisava ter suas festas, e acabou por dar nomes cristãos às festas pagãs já existentes... identificando o Natal à pior das festas pagãs... fixaram para aquela data o nascimento de Cristo. (Aquela data) representava um dos piores princípios do paganismo -- o poder reprodutivo da natureza... A Igreja criou as festas chamadas cristãs, para substituir as pagãs... paganizando o Cristianismo... a fim de manter satisfeitas as mentes carnais do povo" (J. N. Darby - Col. Writtings, Vol. 29); Agostinho registrou que o povo estava tão determinado a ter festas que o clero se sujeitou a isso!
Já nos dias de hoje que antecedem o Natal, ouvimos os mais variados conceitos, comentários a respeito da data. Alguns dirão que foi descaracterizado por uma invasão comercial, que só busca dar sentido capitalista, da gastança no que seria uma festa de confraternização, de solidariedade; outros dirão que não existe mais sentido para comemoração alguma, pois as famílias estão desagregadas, desconfiguradas; ainda há os que afirmam que virou uma data de celebração da hipocrisia, uma vez que muitos participam dos tais amigos secretos, mas que, em verdade, não guardam amizade alguma ao tal sorteado, muitas vezes até inimigos ocultos. E por aí vai. Realmente, todas essas considerações têm a sua extensão de verdade, mas será que, ainda assim, não vale a pena ter uma data onde, pelo menos, no ano, ficamos mais tocados para sermos sensíveis, mais caridosos?
Já em 1901, o escritor Machado de Assis, ao publicar o seu livro Poesias Completas, registrava a sua indignação com os rumos que tomavam as festa natalinas. Em o seu poema Soneto de Natal ele pergunta: Mudou o Natal, ou mudei eu?
A verdade, então, é que precisamos compreender que é da natureza social humana, com o passar do tempo, estar sempre em processo de mudança, de acordo com os novos valores de sua época, novos costumes são agregados... É a dinâmica da própria vida, e neste processo estaremos sempre perdendo e ganhando valores de comportamento, onde também estaremos sempre registrando que antigamente... no meu tempo... Ora, assim é e continuará sendo. Caberá, no entanto, a cada um de nós não deixar escapar por entre as lidas atuais os princípios de valor que julgamos essenciais ao nosso bem estar emocional.
Continua, entendo, valendo a pena desejar Feliz Natal!
José Medrado é médium, presidente e fundador da Cidade da Luz
Um comentário:
“Não foi assim que aconteceu, mas é assim que gosto de lembrar. Quando sonho e realidade se misturam é porque é exatamente assim que deve ser…” (Kevin Arnold, ANOS INCRÍVEIS.)
Muitas coisas acontecem assim, e quem conta um conto sempre aumenta um ponto. Eu concordo plenamente com você Medrado, na certeza ou incerteza vai valer sempre comemorar o "NATAL". Que sejam pelas boas lembranças ou mesmo não tão boas, mas pelo peso do significado desta data.
Uma vez, aqui em casa, eu, a Ângela e a Tânia, entramos numa discussão sobre a existência de Deus. E tudo começou, por querer saber quem era Jesus realmente... Minha mãe se recusou a participar da conversa. Imagine... Eu e a Tânia fomos pela mesma linha de pensamento, a Ângela conseguia deixar a situação mais polêmica, ainda... rs rs rs.
Bem fui deitar, e fiquei olhando pro teto do quarto... Meu pensamento foi..."Será que Deus existe mesmo?" Da mesma forma que a dúvida tomou conta de mim, tive a certeza de ouvir...E Jesus? Ele não mentiria pra você? Claro que não... Então é lógico que Deus existe.
Levantei e gritei da porta do quarto pra minhas irmãs...Deus existe...Como você sabe...? Me falaram! Caímos na risada... Inclusive eu... Mas dormi sem nenhuma dúvida da existência divina.
Teve um Natal, que minha mãe colocou na mesa, um frango assado (todo picado) e uma travessa de macarronada na mesa ( na época éramos apenas quatro. Niltom meu irmão, Tânia e Elâine. A Ângela devia estar em alguma colônia pra tratamento de espíritos bipolares, sendo preparada pra reencarnar... Que ela não leia isso rs rs rs). Foi uma festa. (lógico que eu, inconformada, disse a minha mãe que íamos melhorar...). Melhoramos mesmo.
Pensar que hoje, estamos indecisos no que comprar pra mesa de Natal... "Graça a Deus" rs rs rs!!!! Que continue assim. Esse negócio de ficar passado por provações não faz muito minha “cabeça” não...!
Mas então, o Natal é o momento que a maioria de nós, está voltada pro universo, irradiando amor, bons pensamentos, choros de arrependimento... Nem que o “Plano Espiritual Maior”, não quisesse... Não há como "eles" não nos escutar.
Medrado, eu poderia lhe mandar beijos, abraços...Mas vou mandar uma ramalhete de flores pra você...rs rs rs!!!Elas são lindas mesmo!
NEIDE PS
Postar um comentário