No último dia 20 de novembro foi comemorado, oficialmente, pela primeira vez, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Até o início da década de 1970, a principal comemoração relativa ao fim da escravidão no Brasil era o 13 de Maio - data em que a Princesa Isabel assinou a chamada Lei Áurea, extinguindo oficialmente a escravidão. Em 1971, porém, em plena ditadura militar, um grupo de militantes negros do Rio Grande do Sul decidiu que a melhor data seria a da possível morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Zumbi morreu em combate, após comandar durante mais de uma década um movimento de resistência contra a escravidão. Chegou a reunir milhares de rebeldes no Quilombo dos Palmares, em Alagoas.
Cabe, portanto, a cada um de nós um processo de reflexão verdadeira acerca da nossa pessoal contribuição contra toda forma de discriminação racial, eivada, muitas vezes, por uma demagogia retórica que só serve para fazer coro com os politicamente corretos. Vamos lá à prática: Questione-se, por exemplo, você espírita, se em “seu” centro um escravo, preto velho ou que nome você quisesse dar a algum espírito que chegasse assim se identificando, querendo uma oportunidade de passar a sua sabedoria, qual seria a sua posição, atitude? Ou ainda precisa ser um espírito que embole a língua para insinuar, mistificar que é alemão ou algum outro “europeu”? Qual seria a sua reação se seu filho ou filha chegasse com um namorado(a) negro(a)? O contrário também caberia aqui, a fim de que não tenhamos a discriminação às avessas.
“Precisamos antecipar uma época em que as diferenças se estabeleçam somente pelas ações, sem qualquer consideração discriminatória de que origem for. Seja o mérito do fazer que gere o respeito, o destaque, a consideração”.
Vemos por aí que a ignorância grassa sob muitos aspectos, em total desconhecimento do valor humano, pelo humano, sem rótulo algum.
Apenas como realce do mérito foram e são negros: Garrett Morgan inventor do semáforo; Mark Dean - Ph.D. da Stanford University, projetor do computador pessoal; Patricia E. Bath - inventora da técnica da cirurgia de olho a laser; Frederick Jones inventor do ar-condicionado; Lee Burridge - inventor da máquina de escrever; Charles Drew - na década de 30, criador da técnica de armazenagem de sangue em bancos; William Hinton - inventor do teste para detectar a sífilis; Henry T. Sampson - inventor do telefone celular em 1971; J. Standard - inventor do refrigerador em 1891; Richard Spikes- inventor da mudança automática de marchas; Ernest E. Just - estudou a fertilização e a estrutura celular do ovo, dando ao mundo a primeira visão da arquitetura humana ao explicar como trabalham as células; Mark Dean -inventor do moderno computador; Lewis Howard Latimer -inventor do filamento de dentro da lâmpada elétrica; Daniel Hale Williams - executor da primeira cirurgia aberta de coração; Lloyd Quarteman - Físico, na equipe científica desenvolveu o primeiro reator nuclear na década de 1930. Pois é...
Cabe, portanto, a cada um de nós um processo de reflexão verdadeira acerca da nossa pessoal contribuição contra toda forma de discriminação racial, eivada, muitas vezes, por uma demagogia retórica que só serve para fazer coro com os politicamente corretos. Vamos lá à prática: Questione-se, por exemplo, você espírita, se em “seu” centro um escravo, preto velho ou que nome você quisesse dar a algum espírito que chegasse assim se identificando, querendo uma oportunidade de passar a sua sabedoria, qual seria a sua posição, atitude? Ou ainda precisa ser um espírito que embole a língua para insinuar, mistificar que é alemão ou algum outro “europeu”? Qual seria a sua reação se seu filho ou filha chegasse com um namorado(a) negro(a)? O contrário também caberia aqui, a fim de que não tenhamos a discriminação às avessas.
“Precisamos antecipar uma época em que as diferenças se estabeleçam somente pelas ações, sem qualquer consideração discriminatória de que origem for. Seja o mérito do fazer que gere o respeito, o destaque, a consideração”.
Vemos por aí que a ignorância grassa sob muitos aspectos, em total desconhecimento do valor humano, pelo humano, sem rótulo algum.
Apenas como realce do mérito foram e são negros: Garrett Morgan inventor do semáforo; Mark Dean - Ph.D. da Stanford University, projetor do computador pessoal; Patricia E. Bath - inventora da técnica da cirurgia de olho a laser; Frederick Jones inventor do ar-condicionado; Lee Burridge - inventor da máquina de escrever; Charles Drew - na década de 30, criador da técnica de armazenagem de sangue em bancos; William Hinton - inventor do teste para detectar a sífilis; Henry T. Sampson - inventor do telefone celular em 1971; J. Standard - inventor do refrigerador em 1891; Richard Spikes- inventor da mudança automática de marchas; Ernest E. Just - estudou a fertilização e a estrutura celular do ovo, dando ao mundo a primeira visão da arquitetura humana ao explicar como trabalham as células; Mark Dean -inventor do moderno computador; Lewis Howard Latimer -inventor do filamento de dentro da lâmpada elétrica; Daniel Hale Williams - executor da primeira cirurgia aberta de coração; Lloyd Quarteman - Físico, na equipe científica desenvolveu o primeiro reator nuclear na década de 1930. Pois é...
Um comentário:
Medrado, eu já parto para uma pergunta. Como trabalhar essas diferenças? Já que o nosso povo é tão preconceituoso, isso é cultural. Quem disser o contrário, está omitindo. Por que somos, e o preconceito não é só em relação à cor. A lei federal nº 10.639 que obriga trabalhar a cultura afro-brasileira nas escolas, não é o suficiente. Aliás, nossos governantes são especialistas em lançar leis, onde o cidadão honesto, “ se vire nos 30” para cumpri-la, se ele deu condições para que tal lei se cumpra... Já é querer demais.
A meu ver é um trabalho, a princípio, de conhecer, saber o “por quê das coisas”, fatos verdadeiros da história, unir ciência, geografia, história e outras disciplinas possíveis. Todos, principalmente educadores, precisam ter acesso a um material didático relacionado ao assunto.
As crianças, normalmente quando descobrem esses “ por quês” lançam um olhar diferente para o assunto em questão. Já vi isso acontecer um monte de vezes. Há uns 6 anos atrás montei um projeto (orientado pela Universidade de Brasília para os professores que quisessem participar) com uma turma de 40 alunos entre 9 para 10 anos e no decorrer dos estudos, foi inovador pra eles descobrirem que no planeta existiam negros e brancos, justamente por uma questão de necessidade de adaptação ao meio ambiente. O que estava ao nosso alcance sobre a África, foi explorado. Eu não havia pensando até o momento falar de Nelson Mandela pra uma turma de 9 anos de idade e nem sabia de tal rainha Nzinga. Mesmo porque culturalmente para nós as princesas e rainhas, sempre são loiras, às vezes ruivas, HáAAA....! Pele branca como a neve, dificilmente uma menina, negra ou morena consegue se ver no vestido cravejado de brilhantes ou estrelas do céu, a mídia não permite. Quem de nossa geração ouviu uma história de uma linda princesa negra que foi acordada com beijo pelo seu príncipe?
Não vou dizer que não planejei os assuntos mais complicados e inusitados que poderia discutir e passar para meus alunos. Mas fiquei surpresa com o interesse e com a riqueza dos assuntos trabalhados. Parti de um assunto, pra desmistificar tanta bobagem, contei a história da formação do universo até evolução humana e por aí foi... Tive dois meses para montar, inventar, aplicar o projeto, plantar bananeira, e mandar para a universidade de Brasília, de onde saiu o projeto.
Valeu a pena! Na verdade, eu aprendi. Ouvi algumas contradições ao expor o trabalho em “hora atividade” para outros professores “história da evolução humana, leva a polêmicas”. Já se passaram seis anos, nenhum “pai” veio reclamar das atividades até hoje. Acredito ser este, uns dos caminhos... Hoje falo do mesmo assunto com meus alunos, usando o material e outros que consegui. O governo do estado de São Paulo lançou um curso “vista minha pele” eu não participei, mas peguei a cópia de uma mini-novela, com o mesmo tema do curso, achei muito didático e serve para qualquer idade. Ainda existe uma coleção de livros “Vivendo a diversidade afro-Brasil”, que está bem dentro do projeto que montei na época junto com os alunos(não sei se este material já existia na época do projeto). E nesta coleção, Medrado, além de interdisciplinar, fala das grandes celebridades negras, inclusive do Brasil, atores, compositores, jogadores, cantores, enfim, um bom material pra ser trabalhado nas escolas.
*Medrado, ontem ao chegar de Poços de Caldas resolvi transferir as fotos para computador, sem querer apaguei um monte de fotos, inclusive a que eu e minha irmã, a Ângela, tiramos com você, a que eu minha mãe também estava. Haaa! Foi uma tragédia!!! Minha irmã quase me fulminou com os olhos, eu só não fui desintegrada porque a minha tristeza foi maior que a raiva dela.
Eu fui dormir, não tinha alternativa... Dormindo eu esquecia mais rápido. Quando acordei, a primeira coisa que me veio foram essas fotos. Eu disse a mim mesma... Você vai sobreviver ...Neide! Vai sobreviver...!
Estou sobrevivendo..........!!!!!
Beijos, Medrado...!
Neide PS
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