Respeito e aceitação
(Coluna Opinião - Jornal A Tarde - 27.05.2015)
(Coluna Opinião - Jornal A Tarde - 27.05.2015)
O Instituto Beneficente Conceição Macedo teve uma inspirada ideia: em gesto de respeito, organizou um culto inter-religioso para abençoar transexuais que proclamariam para os presentes os seus nomes sociais. Claro que aceitei de pronto o convite, pois compreendo que não há como vivenciar qualquer fé sem respeito e fraternidade ao próximo, seja ele que orientação sexual, cor, ideologia tiver. Assim, no dia 19 último, fui ao centro cultural da Barroquinha para a celebração. Cheguei alguns minutos mais cedo e fui visitar o museu da Igreja de São Bento, espetacular. Ao sair pude presenciar uma transexual indo para o evento e um grupo de rapazes, na ladeira de acesso, tentar, jocosamente, ridicularizar a moça.
Pus-me a questionar: como entender o porquê de as pessoas guardarem preconceitos com tanto rancor, raiva, a ponto de não aceitarem o outro porque foge aos seus padrões e convenções, sociais, familiares e/ou religiosos tidos como certos? Algumas pessoas já tinham me perguntado se realmente eu iria estar naquilo. Naquilo?! Naquilo o quê? No respeito à cidadania de quem quer ser o que de fato é, na coragem de assumir a sua identidade de alma? Se você não entende esses corações, respondia, tudo bem, até compreendo, mas respeite. Principalmente se a pessoa se diz religiosa, cristã... Cristo não discriminou, não excluiu. Ele trazia para perto. Fui e me emocionei com aquelas histórias de dor, de angústia, de busca de reconhecimento de suas identidades.
Em uma sociedade que prima pela hipocrisia, no mínimo esses homens e mulheres deveriam ser reconhecidos pela coragem do encontro com a sua natureza e essência. O moral e o ético estão em ações e não em estética, em aparência, em discursos cheios de recalques e ignorância. Recentemente, a sociedade reagiu a um beijo lésbico na TV, mas não, em geral, se manifestou diante de cenas de corrupção, assassínio que a mesma novela patrocinou. Vá entender esta sociedade que aceita a bandidagem, mas repudia um gesto de amor.
Pus-me a questionar: como entender o porquê de as pessoas guardarem preconceitos com tanto rancor, raiva, a ponto de não aceitarem o outro porque foge aos seus padrões e convenções, sociais, familiares e/ou religiosos tidos como certos? Algumas pessoas já tinham me perguntado se realmente eu iria estar naquilo. Naquilo?! Naquilo o quê? No respeito à cidadania de quem quer ser o que de fato é, na coragem de assumir a sua identidade de alma? Se você não entende esses corações, respondia, tudo bem, até compreendo, mas respeite. Principalmente se a pessoa se diz religiosa, cristã... Cristo não discriminou, não excluiu. Ele trazia para perto. Fui e me emocionei com aquelas histórias de dor, de angústia, de busca de reconhecimento de suas identidades.
Em uma sociedade que prima pela hipocrisia, no mínimo esses homens e mulheres deveriam ser reconhecidos pela coragem do encontro com a sua natureza e essência. O moral e o ético estão em ações e não em estética, em aparência, em discursos cheios de recalques e ignorância. Recentemente, a sociedade reagiu a um beijo lésbico na TV, mas não, em geral, se manifestou diante de cenas de corrupção, assassínio que a mesma novela patrocinou. Vá entender esta sociedade que aceita a bandidagem, mas repudia um gesto de amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário