terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A minha existência desde os 17 anos é voltada a uma vida religiosa, de onde tiro ânimo e força para libertar, no possível, pessoas de culpas, de tormentos, de dores. Sou contra o aborto, salvo quando a gravidez coloca a vida da mãe em risco. Por outro lado, no entanto, não torço fanaticamente por nada, nem pela minha religião, pois sei que nela há pessoas embotadas, não reflexivas. Dessa forma, não posso concordar que o presidente da Câmara Federal, que é evangélico, que representa a Casa do universo de todos os brasileiros, simplesmente decida não colocar para avaliação uma questão de alcance popular, que envolve a totalidade do povo do Brasil à mercê de sua crença religiosa pessoal. É um absurdo o conteúdo de uma fé ser imposto, inclusive a quem seja ateu. Entendo, por outro lado, que caberá a mim e a todos que somos contra o aborto a fazermos juízo de valor, de convencimento de forma democrática a tantos quantos ouças as nossas argumentações. Já passou da hora do Brasil ser tão atrelado à religião. Deixam de se ter ações de saúde por conta de bancada evangélica que esperneia, então volta atrás...ufa!!! Forma alguma de fanatismo constrói liberdade.

 

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