quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mãe Stella acadêmica - Jornal A Tarde (Coluna Opinião)

José Medrado Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz medrado@cidadedaluz.com.br

Na última segunda-feira, o Brasil registrou o seu Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, em lei proposta pelo deputado federal Daniel Almeida, lembrando a queda de Mãe Gilda com o dissabor que teve em ver a sua imagem com uma tarja preta nos olhos, sendo chamada de charlatã e macumbeira por um jornal evangélico. Essa reverberação nasceu da iniciativa da então vereadora Olívia Santana, que, incansável no tema, sempre buscou fazer chegar esta discussão à sociedade baiana, tendo, naturalmente, na filha de mãe Gilda, Mãe Jaciara, outra incansável neste processo. Vemos, agora, uma grande oportunidade de a Bahia mostrar ao resto do Brasil que aqui se tenta conciliar as diferenças, principalmente no campo religioso, com a eleição e posse de Mãe Stella de Oxóssi, na Academia de Letras da Bahia. Autora de inúmeros livros, ensaios e artigos com grande repercussão, tendo, ainda, entre outros títulos o de Doutor Honoris Causa da Universidade da Bahia, a sacerdotisa reúne peso de cultura e de representatividade social para bem se emparelhar com os letrados que ali têm assento.
 
A oportunidade se fez pela infelicidade de uma inestimável perda, a do professor, historiador, escritor e acadêmico Ubiratan Castro. Não guardo dúvidas de que o mestre Ubiratan, que foi presidente do Conselho para o Desenvolvimento das Comunidades Negras de Salvador, apoiaria e pediria votos para a sacerdotisa do Ilê Axé Opô Afonjá. Em verdade, eu creio que ele já esteja pedindo, esperando que os homens sensíveis da Academia de Letras da Bahia o ouçam.
 
Não tenho titubeio algum de que a eleição de Mãe Stella seria um marco social de repercussão nacional que daria destaque àquela Academia, cujo embrião vem desde as Academias dos Esquecidos e dos Renascidos do século XVIII, com grande sentido histórico para esta proposição. Em se tratando de reconhecimento, de ideal, a palavra de um dos sócios-fundadores da Academia, Ruy Barbosa, seria um pedido: “Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade”.
 
MEDRADO ESCREVE QUINZENALMENTE NA 4a.-FEIRA

2 comentários:

AAGA disse...

Pq será q tenho a impressão e quando comento sou criticado. Quando falo, que "tudo" é a mesma coisa! Só está explicado de "formas" voltado aos nosso egoismo, difente. Ou seja, umbanda, espiritismo,holismo,cristianismo, induismo... e, porque não dizer, a quimbanda, tambem! Pq não? só pq teimam em transitar na intensão do mal? Mas o mal, num só acontece à aqueles que o fizeram por onde merecer? Então, aí tambem está a ordem das "causas e efeitos"... o "plantando é que se colhe"!!! Apenas damos a essas diversidades os "termos" próprios e as definições mais condizentes aos interesses de cada estágio de evolução... Tenho um irmâo "carnal" no que ele chama "IIP", algo q o waldo vieira está se divertimdo e arrastando centenas de adeptos. È chocante ver um das pelestra dele no youtube. Fala mal de tudo!!! Esse irmão, faz de tudo prá mim deixa a "mesologia"(ESPIRITISMO) e passar para a "cosmologia"(A PROJECIOLOGIA)"o futuro do planeta" como ele costuma falar. Mas tudo numé a mesma coisa??? No sentido, CóSMICO!

AAGA disse...

CREIO, NO QUE PAULO COELHO ESCREVEU NA COLUNA DO G1. AS DITAS "RELIGIÕES SÃO NA VERDADE FRAGMENTAÇÕES DE UMA VERDADE "DE ACORDO COM OS INTERESSES PESSOAIS DE ALGUNS"... LÓGICO QUE O AS EXCEÇÕES EXISTEM! MAS NA GRANDE MAIORIA SÃO MESMO "ESSES GRUPOS DE PESSOAS, FUNDAM IGREJAS E SEITAS... TAÍ O JIM JONES, W. VIEIRA, E. MACÊDO...