quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sobre "Aleijadinho" - Antônio Francisco Lisboa

Não sei se vocês sabem, muitos alegam a não existência de Aleijadinho, em razão do que exponho abaixo, outros tantos tem a certeza pelo acróstico deixado. Claro que existiu. Claro que aquele que se dizia Aleijadinho fez este trabalho por meu intermédio, então o que deduzir? Conclua com a leitura.

Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho por causa da doença que sofreu e o deformou sem piedade, nasceu dia 29 de Alessandra Agosto de 1730. Izabel, mãe de Aleijadinho deu a luz no bairro do Bom Sucesso, na cidade de Ouro Preto, antiga capital da Província de Minas Gerais. Filho natural de Manuel Francisco Lisboa, arquiteto português, e de Izabel, uma pobre escrava africana: "...nesta Igreja de Nossa Senhora da Conceição com licença minha baptizou o Rdo. Pe. João de Brito a António, fo. de Izabel, escrava de Manoel Francisco da Costa de Bom Sucesso,elhe pôs logo os stos. Oleos edeu odo. seo senhor por forro..." O nome do pai de Aleijadinho aparece, na Certidão, grafado Manoel Francisco da Costa. Historiógrafos, como Rodrigo José Ferreira Bretas (1858), afirmam que são nomes pertencentes à mesma pessoa. Feu de Carvalho, autor do "Ementário da História de Minas" não aceita erros em qualquer documento da época. Argumenta que se o pai do Aleijadinho tivesse da Costa no nome, o Procurador da Câmara jamais consentiria que num contrato ele apenas assinasse parte do seu nome. Afirma que em nenhum documento há uma assinatura com da Costa. Todos estão assinados como Manuel Francisco Lisboa. Por causa deste fato muitos historiógrafos e a Igreja negam a existência do Aleijadinho. Aleijadinho foi invenção do governo Vargas" O pesquisador paulista Dalton Sala acredita que Aleijadinho foi uma invenção do governo Getúlio Vargas. Para Sala, o Mestre é um mito criado para a construção da identidade nacional - um protótipo do brasileiro típico: "mestiço, torturado, doente, angustiado, capaz de superar as deficiências por meio da criatividade". Acróstico prova a existência do Santo-bruxo, tombado. Vejam que prova fantástica: Aleijadinho transcende aos rococós e motivos do barroco mineiro que, carregados de ironia, faz de sua iconografia a enunciação de significados profanos. Não fosse verdadeira essa afirmação fica pelo menos a dúvida uma vez que o padre Júlio Engrácia, administrador do Santuário de Congonhas do Campo, no começo do século XX, tentou eliminar as obras de Aleijadinho. Contra aqueles que negaram ou ainda negam a sua existência o Mestre Lisboa montou um acróstico. As iniciais dos Profetas Abdias, Baruc, Ezequiel, Jonas, Jeremias, Amós, Daniel, Joel, Nahum, Habacuc, Oséias e Isaías montam o nome como era conhecido: Aleijadinho. Bastariam 11 letras. O Mestre além de utilizar as iniciais de Jonas e Joel (o jota tônico tem som de "i"), usa o "i" de Isaías, para homenagear sua mãe, escrava Izabel, de propriedade de seu pai, Manoel Francisco Lisboa. Ao todo são 12 Profetas: 4 Maiores, 7 Menores e 1 Escriba, Baruc (Berk-yah) que quer dizer Louvado, pois não há Profeta com a inicial L. Aleijadinho estava além da alegoria, do telúrico, e já passeava pelo Mundo da Criação 200 anos da ciência ter chegado perto da interpretação do Universo. Nesta audácia, transgride com o seu cinzel. Deixa impresso na arte os momentos e estados da Alma que morria em vida. Conseguir ver e refletir sobre as mensagens deixadas pelo Mestre é uma conquista sem limites da capacidade criadora que transcende à compreensão dos homens de razão. Só entenderá as mensagens aquele que possuir Alma.

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