quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Governo e filantropia - jornal A Tarde (Coluna Opinião) 28.12.2011
Filantropia é uma palavra de origem grega que significa amor à humanidade, que se funde, em verdade, como a garantia de uma ação, quando verdadeira, indispensável à seguridade social, que tem como objetivo o outro, sem qualquer interesse salvo o de gerar o bem estar social de um grupo, de uma comunidade.
Lamentavelmente, no entanto, estamos a cada dia vendo uma avalanche de burocráticos do serviço público, técnicos cheios de reuniões, de obstáculos ao exercício simples de ajudar ao próximo. O rigorismo para com as instituições filantrópicas, sem fins lucrativos, na conquita de apoio financeiro para a sua manutenção e/ou expansão é de uma apuração e má-vontade tão absurdas, que chegam à maldade. Todavaia, na contra-mão dos valores sociais de quem, de fato, faz, surgem os gastos supérfluos, fanfarrões da máquina pública, gerando acinte a quem procura acicatar as dores dos que ainda confiam em verdadeiras iniciativas cristãs, que guardam no benefício feito ao próximo a recompensa dos desgastes na lida com o poder público e seus “cuidadosos” agentes.
Claro que haverá de se ter rigidez com as prestações de contas das instituições filantrópicas, apurar os seus gastos, mas, por favor, respeitem quem procura fazer o bem sem a imagem de uma urna eleitoral na mente. Ainda há pessoas de boa-fé no mundo.
A ação de muitos políticos é tão nesfasta que chegar a gerar desconfiança e rejeição às instituições não-governamentais, contaminando-as com os seus desmandos e vícios. Todavia, frise-se, as organizações filantrópicas ainda mantêm a sua estrutura no ideal de servir, sem recompensa de qualquer natureza, principalmente financeira, porque geralmente nascidas de ideais estribados em sentimento de solidariedade, de buscar dos governos constituídos o que é de sua obrigação, pois essas instituições só surgem quando o Estado se omite, é ineficiente ou age com desleixo, geralmente.
O público já diz a que serve, não podendo, nunca, ser confundido com o privado, mas bem aplicado ao bem de todos.
José Medrado
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
Lamentavelmente, no entanto, estamos a cada dia vendo uma avalanche de burocráticos do serviço público, técnicos cheios de reuniões, de obstáculos ao exercício simples de ajudar ao próximo. O rigorismo para com as instituições filantrópicas, sem fins lucrativos, na conquita de apoio financeiro para a sua manutenção e/ou expansão é de uma apuração e má-vontade tão absurdas, que chegam à maldade. Todavaia, na contra-mão dos valores sociais de quem, de fato, faz, surgem os gastos supérfluos, fanfarrões da máquina pública, gerando acinte a quem procura acicatar as dores dos que ainda confiam em verdadeiras iniciativas cristãs, que guardam no benefício feito ao próximo a recompensa dos desgastes na lida com o poder público e seus “cuidadosos” agentes.
Claro que haverá de se ter rigidez com as prestações de contas das instituições filantrópicas, apurar os seus gastos, mas, por favor, respeitem quem procura fazer o bem sem a imagem de uma urna eleitoral na mente. Ainda há pessoas de boa-fé no mundo.
A ação de muitos políticos é tão nesfasta que chegar a gerar desconfiança e rejeição às instituições não-governamentais, contaminando-as com os seus desmandos e vícios. Todavia, frise-se, as organizações filantrópicas ainda mantêm a sua estrutura no ideal de servir, sem recompensa de qualquer natureza, principalmente financeira, porque geralmente nascidas de ideais estribados em sentimento de solidariedade, de buscar dos governos constituídos o que é de sua obrigação, pois essas instituições só surgem quando o Estado se omite, é ineficiente ou age com desleixo, geralmente.
O público já diz a que serve, não podendo, nunca, ser confundido com o privado, mas bem aplicado ao bem de todos.
José Medrado
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
O Natal de sempre - jornal A Tarde (Coluna Religião)
O 25 de dezembro tem vários sentidos históricos, muitos afirmam que era uma data "pagã, podendo ser de origem solar... A Saturnal dos Romanos a precedia" (Nelson's Encyclopedia); ou ainda a data "da antiga festa Romana em homenagem ao Sol" (celebrando o nascimento do deus-Sol), segundo a American Encyclopedia; "A Saturnal era uma festa de prazeres desenfreados... A data do Natal foi fixada na mesma época" (M de Beugnot - História, Vol 2, pág 265); "A Igreja... voltando ao paganismo... precisava ter suas festas, e acabou por dar nomes cristãos às festas pagãs já existentes... identificando o Natal à pior das festas pagãs... fixaram para aquela data o nascimento de Cristo. (Aquela data) representava um dos piores princípios do paganismo -- o poder reprodutivo da natureza... A Igreja criou as festas chamadas cristãs, para substituir as pagãs... paganizando o Cristianismo... a fim de manter satisfeitas as mentes carnais do povo" (J. N. Darby - Col. Writtings, Vol. 29); Agostinho registrou que o povo estava tão determinado a ter festas que o clero se sujeitou a isso!
Já nos dias de hoje que antecedem o Natal, ouvimos os mais variados conceitos, comentários a respeito da data. Alguns dirão que foi descaracterizado por uma invasão comercial, que só busca dar sentido capitalista, da gastança no que seria uma festa de confraternização, de solidariedade; outros dirão que não existe mais sentido para comemoração alguma, pois as famílias estão desagregadas, desconfiguradas; ainda há os que afirmam que virou uma data de celebração da hipocrisia, uma vez que muitos participam dos tais amigos secretos, mas que, em verdade, não guardam amizade alguma ao tal sorteado, muitas vezes até inimigos ocultos. E por aí vai. Realmente, todas essas considerações têm a sua extensão de verdade, mas será que, ainda assim, não vale a pena ter uma data onde, pelo menos, no ano, ficamos mais tocados para sermos sensíveis, mais caridosos?
Já em 1901, o escritor Machado de Assis, ao publicar o seu livro Poesias Completas, registrava a sua indignação com os rumos que tomavam as festa natalinas. Em o seu poema Soneto de Natal ele pergunta: Mudou o Natal, ou mudei eu?
A verdade, então, é que precisamos compreender que é da natureza social humana, com o passar do tempo, estar sempre em processo de mudança, de acordo com os novos valores de sua época, novos costumes são agregados... É a dinâmica da própria vida, e neste processo estaremos sempre perdendo e ganhando valores de comportamento, onde também estaremos sempre registrando que antigamente... no meu tempo... Ora, assim é e continuará sendo. Caberá, no entanto, a cada um de nós não deixar escapar por entre as lidas atuais os princípios de valor que julgamos essenciais ao nosso bem estar emocional.
Continua, entendo, valendo a pena desejar Feliz Natal!
José Medrado é médium, presidente e fundador da Cidade da Luz
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Política do acinte - jornal A Tarde (Coluna Opinião)
Uma amiga setuagenária, recentemente, em conversa, me disse que houve um tempo em que um político, deputado, senador era personalidade que se impunha pelo respeito, havia um certo ar de destaque, quando era anunciado. Custei a acreditar, mas ela garantiu que viveu esta época. Em verdade, no entanto, o que se estabeleceu nos dias atuais é uma conotação quase que pejorativa, em função do destroçamento ético que a maioria dos exercentes de cargos eletivos se lançam.
É duro conceber, mas, em verdade, as nossas “autoridades” se revestem da ética e da moral que espelham a sociedade em que vivemos e nela se refletem. Muitos desses senhores se veem, de fato, os tais, inacessíveis, indisponíveis; servidores do povo, agem como nobres em uma monarquia.
A desfaçatez se estabeleceu de forma tão acintosa, que o presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal é o deputado Tiririca, que quase não assumiu o mandato pela possibilidade de ser analfabeto. É fato que o seu mandato é legítimo, mas, permita-me, não o sinto representativo, pois a sua campanha foi toda calçada no deboche, na falta de compromisso com a seriedade que deveria revestir um cargo de compromisso com o povo, mas foi este povo que o deu mais de um milhão de votos. O que queixar, então? Pois é, em sessão que presidiu, leu em público: “Ignácio Kornowski, coordenador da área técnica de desenvolvimento da cultura da Confederação Nacional dos Municípios”, balbuciou Tiririca, que aproveitou para fazer graça com o sobrenome do convidado. “Kornowski, Kornowski”, repetiu, entre risos, brincando com a pronúncia abrasileirada “cornóvisque”.
Também, o que se poderia esperar em um país onde o jogador Ronaldinho Gaúcho recebe a medalha Machado de Assis, máxima honraria da Academia Brasileira de Letras, e coroa o acontecimento, após dizer que não tinha um livro preferido, com a insinuação de que pediria aos imortais dicas de leitura. Certamente iriam recomendar o livro do acadêmico José Sarney.
“Brasil, mostra a tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil, qual é o teu negócio?”.
É duro conceber, mas, em verdade, as nossas “autoridades” se revestem da ética e da moral que espelham a sociedade em que vivemos e nela se refletem. Muitos desses senhores se veem, de fato, os tais, inacessíveis, indisponíveis; servidores do povo, agem como nobres em uma monarquia.
A desfaçatez se estabeleceu de forma tão acintosa, que o presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal é o deputado Tiririca, que quase não assumiu o mandato pela possibilidade de ser analfabeto. É fato que o seu mandato é legítimo, mas, permita-me, não o sinto representativo, pois a sua campanha foi toda calçada no deboche, na falta de compromisso com a seriedade que deveria revestir um cargo de compromisso com o povo, mas foi este povo que o deu mais de um milhão de votos. O que queixar, então? Pois é, em sessão que presidiu, leu em público: “Ignácio Kornowski, coordenador da área técnica de desenvolvimento da cultura da Confederação Nacional dos Municípios”, balbuciou Tiririca, que aproveitou para fazer graça com o sobrenome do convidado. “Kornowski, Kornowski”, repetiu, entre risos, brincando com a pronúncia abrasileirada “cornóvisque”.
Também, o que se poderia esperar em um país onde o jogador Ronaldinho Gaúcho recebe a medalha Machado de Assis, máxima honraria da Academia Brasileira de Letras, e coroa o acontecimento, após dizer que não tinha um livro preferido, com a insinuação de que pediria aos imortais dicas de leitura. Certamente iriam recomendar o livro do acadêmico José Sarney.
“Brasil, mostra a tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil, qual é o teu negócio?”.
José Medrado
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Noite da Gratidão - jornal A Tarde (Coluna Religião)
Na próxima terça-feira, 13 de dezembro, a Cidade da Luz estará realizando a sua tradicional Noite da Gratidão, momento em que o venerando espírito Bezerra de Menezes vem trazer a sua mensagem de Fim de Ano para um público de cerca de três mil pessoas que, em total silêncio, quase que comprimido por falta de maior espaço, se maravilha, emociona-se e participa de um momento de rara beleza e elevada espiritualidade. Nesses momentos de grande enlevo e vibração ímpar, pessoalmente renovo as minhas esperanças na capacidade humana de dar uma parada nas suas conturbações interiores, algumas de gênese externa, a fim de se conectar com os planos mais sutis da vida, em reafirmação de fé, de esperança e também de afirmação de que, a despeito do que se vê ultimamente no mundo, ainda se pode estar em paz, em conexão com o Bem, com o Amor, com a Caridade, em uma espécie de oásis, onde o entorno pode estar em grande desencontro, mas as nossas almas estarão ali para o exercício bendito da gratidão.
Esse espírito que nos acompanha ostensivamente desde 1985, um ano após o generoso Chico nos ter dito que ele estaria nos preparando para uma tarefa, evidencia-se pelo seu caráter, ao lado da grande humildade, altamente independente, não se deixando “escravizar” a médiuns, mas exercendo o seu sentimento de genuína caridade.
Lembro-me que, em 1986, quando começou a atender, no hoje núcleo da Cidade da Luz, no bairro do Uruguai, alguém disse não ser possível Dr. Bezerra estar atendendo ali, nas palafitas – naquela época ainda existiam – o que ele retrucou ser exatamente nesses lugares que queria estar.
Outro fato que até hoje me emociona a alma, na constatação de sempre da grandeza desse espírito, foi o ocorrido em uma reunião mediúnica pública, em um Centro aqui de Salvador, quando a fila para o passe era enorme diante de um médium que recebia um “alemão”, e eu percebia que uma senhora negra, de roupa bem simples, sandália rasteira, moradora daquela comunidade, estava apta para dar o passe e ninguém se acercava dela. Eu, sensibilizado pela falta de pessoas diante da mesma, saí da mesa e fui tomar o passe, como que para dar uma espécie de apoio, e qual não foi a minha surpresa, lá estava o Dr. Bezerra envolvendo aquela velha senhora em amoráveis energias de amor. Ao percebê-lo, ele fez o sinal de silêncio, dizendo que ela poderia se desconcentrar se soubesse ser ele o espírito. Ao término do trabalho, não me contive e perguntei a ela quem era o espírito que a envolvia, ela simples e despretensiosa, afirmou: “Não sei, mas o chamo de Pai Joaquim, por que, Medrado, não é? – É, sim, concordei. O que importava a identidade, se o trabalho estava sendo primoroso?
Esse é o Dr. Bezerra, benfeitor dos disponíveis, que não é jogador de futebol que tem o passe preso a este ou aquele clube, aquele médium, mas o compromisso sempre com o próximo, com a caridade.
Aguardaremos, portanto, este coração-usina de amor com muita gratidão, no dia 13.
José Medrado é médium, presidente e fundador da Cidade da Luz
Esse espírito que nos acompanha ostensivamente desde 1985, um ano após o generoso Chico nos ter dito que ele estaria nos preparando para uma tarefa, evidencia-se pelo seu caráter, ao lado da grande humildade, altamente independente, não se deixando “escravizar” a médiuns, mas exercendo o seu sentimento de genuína caridade.
Lembro-me que, em 1986, quando começou a atender, no hoje núcleo da Cidade da Luz, no bairro do Uruguai, alguém disse não ser possível Dr. Bezerra estar atendendo ali, nas palafitas – naquela época ainda existiam – o que ele retrucou ser exatamente nesses lugares que queria estar.
Outro fato que até hoje me emociona a alma, na constatação de sempre da grandeza desse espírito, foi o ocorrido em uma reunião mediúnica pública, em um Centro aqui de Salvador, quando a fila para o passe era enorme diante de um médium que recebia um “alemão”, e eu percebia que uma senhora negra, de roupa bem simples, sandália rasteira, moradora daquela comunidade, estava apta para dar o passe e ninguém se acercava dela. Eu, sensibilizado pela falta de pessoas diante da mesma, saí da mesa e fui tomar o passe, como que para dar uma espécie de apoio, e qual não foi a minha surpresa, lá estava o Dr. Bezerra envolvendo aquela velha senhora em amoráveis energias de amor. Ao percebê-lo, ele fez o sinal de silêncio, dizendo que ela poderia se desconcentrar se soubesse ser ele o espírito. Ao término do trabalho, não me contive e perguntei a ela quem era o espírito que a envolvia, ela simples e despretensiosa, afirmou: “Não sei, mas o chamo de Pai Joaquim, por que, Medrado, não é? – É, sim, concordei. O que importava a identidade, se o trabalho estava sendo primoroso?
Esse é o Dr. Bezerra, benfeitor dos disponíveis, que não é jogador de futebol que tem o passe preso a este ou aquele clube, aquele médium, mas o compromisso sempre com o próximo, com a caridade.
Aguardaremos, portanto, este coração-usina de amor com muita gratidão, no dia 13.
José Medrado é médium, presidente e fundador da Cidade da Luz
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
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