Uma grande controvérsia surgiu com a morte de Kelly Cyclone e a exposição de sua figura pela mídia de todo segmento. Naturalmente, surgiram os que disseram que existe um nexo causal íntimo entre violência na sociedade com a valorização da notícia criminal, em uma espécie de fomento desencadeador da aprendizagem por repetição. Outros, no entanto, alegam, em justa defesa da liberdade de expressão, que a imprensa não produz os fatos, apenas relata. A verdade, no entanto, que salta às avaliações sócioantropológicas, é que a nossa sociedade, de fato, está sendo corrompida por valores pessoais muito duros e cruéis, ao melhor pensamento de Rousseau: “O ser humano nasce bom, a sociedade o corrompe.”.
Dessa forma, todavia, não podemos descartar que a sociabilização e consequente celeridade da vinculação da informação passaram a ser o sonho de consumo de qualquer editor, gerando, talvez, informação descuidada, que busca atingir as emoções primárias do público e não cultivar a sua racionalidade. Mas, mesmo assim, cabe aos meios de comunicação o quê, senão o oferecer o que a sociedade busca? Fato é que se torna impossível o jornalista se manter neutro, uma vez que nenhuma linguagem é neutra, nem as palavras, nem as imagens, nem os sons, nada – inclusive porque cada um de nós traz o seu conteúdo de conceitos e muitas vezes pré-conceitos diante daquilo que tomamos conhecimento ou buscamos entender.
Não vejo, assim, razoável que a imprensa silencie para não gerar “contaminação” de ação, mas que nos manifestemos em cobranças, exposição do contraditório, ou gerar o princípio de confronto salutar de ideias, aproveitando os espaços oferecidos pelas mídias, de um modo geral, para evidenciar o nosso inconformismo – como muitos aqui fazem no espaço do leitor. Usemos do confronto salutar da reflexão crítica, lembrando que os combates devem ser de posicionamentos, nunca de pessoas.
Em uma sociedade democrática, o que deve preponderar é a forma do convencimento por argumentos, jamais o cerceamento desta ou daquela palavra, a fim de que não se estimulem ações déspotas.
Dessa forma, todavia, não podemos descartar que a sociabilização e consequente celeridade da vinculação da informação passaram a ser o sonho de consumo de qualquer editor, gerando, talvez, informação descuidada, que busca atingir as emoções primárias do público e não cultivar a sua racionalidade. Mas, mesmo assim, cabe aos meios de comunicação o quê, senão o oferecer o que a sociedade busca? Fato é que se torna impossível o jornalista se manter neutro, uma vez que nenhuma linguagem é neutra, nem as palavras, nem as imagens, nem os sons, nada – inclusive porque cada um de nós traz o seu conteúdo de conceitos e muitas vezes pré-conceitos diante daquilo que tomamos conhecimento ou buscamos entender.
Não vejo, assim, razoável que a imprensa silencie para não gerar “contaminação” de ação, mas que nos manifestemos em cobranças, exposição do contraditório, ou gerar o princípio de confronto salutar de ideias, aproveitando os espaços oferecidos pelas mídias, de um modo geral, para evidenciar o nosso inconformismo – como muitos aqui fazem no espaço do leitor. Usemos do confronto salutar da reflexão crítica, lembrando que os combates devem ser de posicionamentos, nunca de pessoas.
Em uma sociedade democrática, o que deve preponderar é a forma do convencimento por argumentos, jamais o cerceamento desta ou daquela palavra, a fim de que não se estimulem ações déspotas.
José Medrado
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
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