sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Lucas é um menino que mora no abrigo da Cidade da Luz e fez este livro, segundo ele, e quem quiser que diga que não é ai ai (rs), de iniciativa dele. Fiquei muito feliz com que ele disse principalmente ao final, na sexta foto, dá sentido a tudo que passamos, todas as dificuldades para fazer o trabalho que fazemos.




         

   
  

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Mortes daqui
(Coluna Opinião - Jornal A Tarde - 21.01.2015)

Sou contra a pena de morte, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, das Nações Unidas, de 1948, distingue a vida humana como o bem de maior valor absoluto. O brasileiro Marco Archer caiu sob a pena capital, consternando a muitos. Reflitamos, no entanto, assegurando que erro algum se justifica pagar com a vida,  mas naquele país muçulmano tráfico de drogas, sim. É lei, é sério, paga-se mesmo. A vida é composta de incessantes ciclos de causa e efeito. Archer, lamentavelmente, buscou esse caminho, como bem fica claro no que disse ao repórter Renan Antunes de Oliveira, que o entrevistou em 2005, durante quatro dias, numa prisão na Indonésia. Alguns ditos de Archer: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”. “Nunca tive um emprego diferente na vida”. Marco sabia as regras do país, quando foi preso no aeroporto da capital Jacarta, em 2003, com 13,4 quilos de cocaína escondidos em sua asa delta. Ele morou na ilha indonésia de Bali por 15 anos, falava bem a língua bahasa e já havia traficado para lá outras vezes.

A paradisíaca Bali é um dos principais mercados de cocaína do mundo. O quilo da coca nos países produtores, como Peru e Bolívia, custa US$ 1.000. No Brasil, cerca de 5.000. Em Bali, a mesma coca é negociada a preços que variam entre US$ 20.000 e 90.000, dependendo da oferta. Em temporada de escassez, por conta da prisão de vários traficantes, o quilo chega a US$ 300.000. A cocaína que ele levava tinha sido comprada em Iquitos, no Peru, por US$ 8 mil o quilo, bancada por um traficante norte-americano, com quem dividiria os lucros se a operação tivesse dado certo: a cotação da época da mercadoria em Bali era de US$ 3,5 milhões.

Sou humanista, acredito no arrependimento e no valor da vida, mas não posso deixar de registrar que brasileiros inocentes, que buscam apenas viver dignamente estão morrendo, em portas de hospitais sem atendimento médico, dentre outros. Indignemo-nos também com esta pena de morte.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Aos que acreditam
(Publicado na rede social Facebook - 16.01.2015)

Ainda sobre a possível projeção de Renoir na Cidade da Luz, na última terça. Li por aqui algumas coisas que podem estar contaminadas com antipatias pessoais, ainda que o post seja direcionado aos que acreditam e estão por aqui porque confiam no meu trabalho, na minha seriedade. Peguei esta imagem que foi trabalhada por Jota Mendes em um programa de computador, vejamos:

1 - repare que não tem como ser sombra de arbusto, pois parece que ele está dentro de um cubo, uma caixa, que delimita a imagem, como se um prisma o projetasse e contivesse a imagem. Como se fosse uma foto 3x4. Seria algo semelhante aos nossos projetores?

2 - observe que no canto do rosto, à direita, em baixo, tem uma sombra, aí sim de um arbusto, verifique que é mais escura, densa e sobrepõe à figura, bem como a sombra de um ramo que se projeta sobre o lado esquerdo do rosto, logo abaixo do olho, e ao lado também. Nunca vi sombra sobre sombra delimitadas, definidas, pois as sombras se fundem.

3 - verifique que o arbusto que tem é arredondado, denso, mas a imagem é suave, bem contornada nas expressões faciais.

Compare com a foto de Renoir em vida. 

Pois é, não sou de acreditar em tudo, como vocês sabem, mas por que a imagem formada é de um espírito conhecido e não de outra coisa qualquer? Mas as questões espirituais, as tênues nuances são assim...dúvidas, descréditos, caso contrário todo mundo creria na realidade da imortalidade. Agora que é Renoir, é (rs), eu creio e pronto (rs).

 



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Aos que acreditam ou não
(Publicado na rede social Facebook - 12.01.2015)

Os médicos-cientistas holandeses Titus Rivas, Anny Adrien e Rudolf Smit publicaram estudo Wat een stervend brein niet kan”, que na tradução literal seria entitulado “O que um cérebro morrendo é capaz de fazer”. Nele, explicam o caso e concluem que diante das evidências é impossível negar a ausência do paciente de seu corpo durante a morte clínica. Foram mais de 70 casos estudados com pessoas que relataram experiências durante o período em que estiveram clinicamente mortas. O caso mais impressionante relatado pela pesquisa é de um paciente clinicamente morto por 20 minutos durante uma cirurgia cardíaca. Se sua volta à vida surpreendeu médicos, estes ficaram ainda mais perplexos quando ele descreveu que “saiu de seu corpo” e soube indicar precisamente a posição em que cada um dos médicos durante o período em que estava morto, além de fatos relevantes que aconteceram na sala.

Aí está, mas é claro os resistentes, os de má vontade vão continuar, é direito, dizendo que, que, que....a esses só esperando a morte chegar (rs).

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Violência e liberdade
(Coluna Opinião - Jornal A Tarde - 07.01.2015)

Gostaria neste primeiro artigo de 2015 escrever sobre a beleza de um recomeço, mas como não dar atenção a Cauã, um menino de quatro anos que foi baleado pelo namorado da mãe e morreu. Comentei com uma amiga o horror da notícia, e ela simplesmente pontuou: mas foi acidente, o cara queria matar a mãe. Não entendi, foi por acidente, era a mãe que teria que morrer.

Realmente a violência está destruindo, pela frequência de sua sanha, a reação de indignação diante do que é completamente anticivilidade. Pus-me a pensar que estamos de fato nos acostumando à violência, todos nós, fazendo um ranking do que é aceitável ou não. Ora, violência alguma é aceitável, pois ela, sob qualquer manifestação, será sempre uma derrota da convivência sadia em uma sociedade. A violência tem destruído a nossa liberdade. Você que me lê, caro leitor, não é mais livre. Pense nas suas restrições de vida causadas pela violência.

A violência está se estratificando de todas as formas no nosso país, não se trata mais apenas de eventos trágicos, mortes brutais com sangue no asfalto, não. Sofremos violências diárias que já se incorporaram à nossa aceitação e não nos damos conta: 

São cirurgias desnecessárias para colocação de próteses e stents por médicos mafiosos; são as violências das regulações do sistema de saúde que geram mortes; é violência o desrespeito que essas multinacionais de energia, telefonia fixa, celular perpetraram contra os consumidores brasileiros, sem que nada, ou muito pouco seja feito, pois os apenamentos judiciários são insignificantes; é a violência dos senhores do poder e seus escândalos de corrupção, sem falar nos que deliberam, determinam e o povo vai sofrendo as suas consequências. 

Se para toda ação existe uma reação, que toda a nossa reação seja de ética, de moralidade, de paz, em exemplo e contraponto a tudo isso que está aí. Assim, nada de omissão, acomodação e, pior, entrar no jogo, na lei de Murici. Tomemos cuidado para não irmos para a mesma vala.