quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Brasil bandido - Jornal A Tarde (Coluna Opinião)

O Brasil necessita deixar de ser conceituado pela miopia ufanista de propagandas governistas que insistem em colocar o nosso País como se fosse a oitava maravilha do mundo. Difundem-se, inegavelmente, conquistas sociais de grande relevância à tentativa de diminuição desta zona abissal que separa as estratificações sociais existentes por aqui. É preciso, no entanto, não deixarmos de focar que uma nação não se faz de marketing institucional, que busca apenas realçar o que, a priori, deve ser uma obrigação inalienável de seus governantes: crescimento econômico.
 
A visão que se tem do Brasil no exterior longe está de ser a de um País comprometido com os valores da decência cidadã. Ainda recentemente, quando estive, a convite, no Arthur Findlay College, na Inglaterra, considerada a maior instituição de formação de médiuns do mundo, o que se tinha como corrente era que o Brasil ainda é um país de total desatenção a princípios de ética, de respeito ao dinheiro público e de uma corrupção endêmica. Naturalmente que, como brasileiro, em debates que tinham como fundo a vivência religiosa em minha terra, fiquei em desconforto, pois da nossa família falamos nós, não os outros. Não poderia, entretanto, achar infundadas as considerações, posto que verdadeiras.
 
Ainda que saibamos teoricamente, tive, no entanto, recentemente, a concretização dessa visão global do nosso País, ao assistir a um filme americano, em um desses canais fechados: Velozes e Furiosos V, Conexão Rio, todo rodado em terras cariocas, que descreve uma polícia totalmente comprada e corrupta, a ponto de em determinada cena uma policial – atriz americana, claro – ser chamada a incorporar a uma equipe de policiais da terra de tio Sam porque era a única não corrupta no Estado. E mais: a grande fortuna de um bandido era toda ela guardada, protegida, conscientemente, dentro de um quartel militar do Rio de Janeiro com total proteção oficial. Pois é, assim que eles nos veem: uns pobretões que estamos melhorando economicamente, mas que continuamos com cachaça, carnaval, futebol e bandidagem.
 
José Medrado Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Há poucos dias, acompanhei por muitos órgãos de imprensa a explicação que o presidente da Bolívia, Evo Morales, deu para o aumento líquido do seu patrimônio em 253% desde que chegou ao poder em 2006. Inegavelmente, a Sua Excelência foi de uma criatividade inusitada para o meio. Guardo preocupação com a sugestão que ele lançou para muitos dos senhores políticos brasileiros, quando se justificou que esse crescimento foi em função dos presentes que ganhou do povo, interrogando inclusive: “Que culpa tenho eu?” E acresceu: “Se o povo vai me presenteando e presenteando, o patrimônio vai seguir aumentando”. É claro que foi realmente presente do povo, quando nele votou, fazendo-o ganhar a presidência, mas desfaçatez chega às raias do risível se não fosse o cinismo que caracteriza certos políticos, a ponto de gerar uma indignação sem paroxismo. Se virar moda por aqui essa desculpa, valha-me, Deus.
 
Infelizmente, no entanto, somos levados a aceitar que realmente cada povo tem o governo que merece, pois em verdade todos que elegemos representam um naco da sociedade, do que somos, pensamos e concordamos. Lembro-me que uma pesquisa feita pelo Ibope na época da explosão do mensalão reportava até que ponto as pessoas são coniventes com a corrupção e se elas praticariam as mesmas ilicitudes se estivessem no lugar dos políticos. Foi um resultado lamentável, pois revelou o quão tolerante e corrupta é grande parte da população (75% dos entrevistados), e mais ainda, essa maioria revelou na pesquisa que faria a mesma coisa se estivesse no poder. Concluímos, portanto, que de fato, os políticos são um reflexo, uma parcela da nossa população.
 
Isso ficou patente quando um programa de televisão interativo, Você Decide, da Rede Globo, entre 1992 e 2000, que tratava do assunto “seguir a ética ou levar vantagem da oportunidade”, em avaliação, a votação do público, não raramente, era no sentido de se aproveitar da chance e tirar proveito em benefício próprio, independentemente de prejuízo causado a terceiros, ou mesmo de prática de algum ilícito, pois é...
 
José Medrado Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Inveja e Despeito: o que diz frei Carlos Muirion

Grande e absoluta verdade, como sei disto. Lembro-me também de um pensamento de frei Carlos Murion, um dos mentores da Cidade da Luz, quando afirma: "A inveja e / ou despeito de alguém contra você, ainda que não confessados, mas percebidos por palavras e ações, devem sempre ser encarados como lisonja às suas conquistas e vitórias, pois a quem é indiferente pessoa alguma dá atenção.".

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O que diz frei Carlos sobre a morte

Amanhã se sentir necessidade, chore o seu amor que partiu, mas tenha em mente o que frei Carlos acabou de me dizer:

"A morte não é o fim da vida, é o começo de uma saudade, de uma presença que se foi, mas se faz viva em nossas vidas pelo que é e fez.".