quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Um amigo inglês, que conheci no Arthur Findlay College, na Inglaterra, me escreveu parabenizando porque o Brasil ultrapassou o Reino Unido e se tornou a 6ª maior economia do mundo, de acordo com dados do Centro de Economia e Pesquisa de Negócios (CEBR, na sigla em inglês). No entanto, ele disse que não entendia como essa posição brasileira não refletia, por parte do governo, em apoio incondicional a instituições que mantinham abrigos para crianças, por exemplo, ou mesmo um sério trabalho para erradicação do turismo sexual que assola o Brasil. Sempre que estou por lá, há uma curiosidade muito grande em relação às questões associadas a desenvolvimento da educação, apoio a crianças, velhos. O estrangeiro, de um modo geral, não consegue entender como Salvador, ou mesmo a Bahia, já que falo das minhas vivências sociais daqui, não têm abrigos governamentais para crianças em situação de risco social ou mesmo para adoção e que os existentes eram, em geral, de iniciativa filantrópicas, e por que não contamos com o apoio preciso, pronto dos governantes, pois tudo sempre é muito difícil para se conseguir junto a essas instâncias.

Os nossos governantes ainda pensam que ajudar as instituições que prestam serviços sociais é um favor. Ainda não há a conscientização dos eleitos por nós da sua obrigação, que não seja a ditada pelo interesse eleitoreiro. Infelizmente, também, alguns dirigentes filantrópicos alimentam esta postura, não reagindo, ficando na sombra do receio de retaliação e do medo de se perder o pouco que ganham.

Foi, então, que respondi a ele dizendo que, apesar dessa posição, o Brasil, no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), foi classificado na 84ª posição entre 187 países avaliados pelo índice, ficando atrás do Chile, 44ª; Argentina, 45ª; Uruguai, 48ª e mesmo de Cuba, 51ª, mas que alguns segmentos, principalmente o político, estavam orgulhosos com isso e eu pensava que o povo também. Esse meu amigo me respondeu ao e-mail simplesmente com duas palavras: “Silly people” – povo bobo.

Um comentário:

NEIDE PS disse...

Eu também fico sem entender um monte de coisa, Medrado.
Mas toda vez, que se fala de economia, é sempre explicado da seguinte forma:
"O quadrado da hipotenusa, vezes a minhoca da parafuseta, com a durabilidade do casco da tartaruga e a flexibilidade do rabo da lagartixa"
Você faz uma cara de "Mona Lisa..." (estou compreendendo) ou já se entrega, que "viajou na maionese..."

Acho que seu amigo na verdade, queria uma explicação plausível, rs rs rs!!!
Alguns de nós...também!

Beijos, meu Rei! Você faz meu dia mais feliz!
NEIDE PS