Pierre-Auguste Renoir
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Tela recebida de Berthe Morisot
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Tempos complicados - Coluna Opinião do jornal A Tarde (05.02.2014)
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
No último domingo, correu pelas redes sociais uma foto onde o ministro Joaquim Barbosa posa ao lado de um foragido da justiça brasileira. Naturalmente, de imediato, começou-se a levantar suspeição sobre a honorabilidade do magistrado. A leviandade tão comum nos nossos arráias se alvoroçou toda, elucubrando o "conluio". Vivemos uma preguiça mental sem precedente, tudo precisa ser rápido, sem avaliação ou análise. É a leitura na legenda da foto, gerando posicionamentos; é o fast food de tudo. Falácias são jogadas e assimiladas como verdades, posicionamentos distorcidos para gerar espetáculo. Enfim, tudo está muito superficial e rasteiro.
Só sei que muitas fotos eu tiro com pessoas que se dizem minhas admiradoras, é possível que muitas delas sejam criminosas do mais variado talante e eu não faço a menor ideias. Como saber?
A questão não pode ser avaliada por uma foto, mas, sim, se realmente há ligação. Esse episódio só me remete a um caso por mim vivido: vi uma amiga entrando em um motel. Sou muito ligado ao marido dela. E aí? Pensei: - Fulana, não é possível, mas eu vi. Liguei ato contínuo para ela e perguntei: Onde você está? Ela naturalmente respondeu: -Trabalhando. Eu rebati: - Desculpe Fulana, mas acabei de vê-la entrando em um motel. Isto mesmo, Medrado - ela falou -, não se esqueça que sou engenheira e estou trabalhando em uma reforma aqui no motel X. Desconversei, pois não me contive no meu próprio constrangimento. Aprendi: é prudente toda dúvida, até que o fato seja realmente esclarecido.
São tempos de cóleras, de paixões sem freio, de violência de toda natureza, de banalização do desrespeito, de um tudo posso sem mensurar consequências, de um nada me importo com o outro, que mete medo. Dá a impressão que a nossa sociedade está perdendo todo valor de civilidade. Parece que nada contém uma sanha cada vez maior de desconstrução de valores, de ética, de urbanidade. Cada um tem uma história para se lembrar destes tempos sem sensibilidade.
Só sei que muitas fotos eu tiro com pessoas que se dizem minhas admiradoras, é possível que muitas delas sejam criminosas do mais variado talante e eu não faço a menor ideias. Como saber?
A questão não pode ser avaliada por uma foto, mas, sim, se realmente há ligação. Esse episódio só me remete a um caso por mim vivido: vi uma amiga entrando em um motel. Sou muito ligado ao marido dela. E aí? Pensei: - Fulana, não é possível, mas eu vi. Liguei ato contínuo para ela e perguntei: Onde você está? Ela naturalmente respondeu: -Trabalhando. Eu rebati: - Desculpe Fulana, mas acabei de vê-la entrando em um motel. Isto mesmo, Medrado - ela falou -, não se esqueça que sou engenheira e estou trabalhando em uma reforma aqui no motel X. Desconversei, pois não me contive no meu próprio constrangimento. Aprendi: é prudente toda dúvida, até que o fato seja realmente esclarecido.
São tempos de cóleras, de paixões sem freio, de violência de toda natureza, de banalização do desrespeito, de um tudo posso sem mensurar consequências, de um nada me importo com o outro, que mete medo. Dá a impressão que a nossa sociedade está perdendo todo valor de civilidade. Parece que nada contém uma sanha cada vez maior de desconstrução de valores, de ética, de urbanidade. Cada um tem uma história para se lembrar destes tempos sem sensibilidade.
J. MEDRADO ESCREVE NA QUARTA-FEIRA, QUINZENALMENTE
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
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