segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jantar com Pintura Mediúnica - dia 24 de março 2012


Homenageadas:
Eliana Calmon
Ministra Corregedora do Conselho Nacional de Justiça
Vânia Chaves
Desembargadora Federal
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5a. Região
Graça Laranjeira
Desembargadora Federal
Vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5a. Região
Mônica Aguiar
Juiza Federal
Rita Tourinho
Promotora do Ministério Público da Bahia
Maria Eugênia Abreu
Promotora do Ministério Público da Bahia
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Cardápio:

Entrada:
Escondidinho de carne de sol
Buffet:
Salada de frutas e legumes; arroz branco; frango ao molho de ameixa e mel
Sobremesa:
Pudim de ameixa com calda de doce de leite
Bebidas:
Refrigerante; água mineral
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Informações e Venda: Cidade da Luz
Tel. (71) 3363.5538

sábado, 28 de janeiro de 2012

No último sábado, dia 21, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, superlotada, tiveram lugar as comemorações do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, organizado pelo Cecup (Centro de Educação e Cultura Popular) e a Unegro (União dos Negros pela Igualdade), além do apoio de alguns órgãos governamentais e o brilho da Orkestra Rumpilezz. Iniciativa firme da vereadora Olívia Santana, sempre atenta a este ideal de igualdade.

Guardei a honra e a alegria de ser um dos religiosos a encabeçar a campanha publicitária, ao lado de expressões grandiloquentes de respeito e admiração da sociedade baiana: yalorixá mãe Stella, padre Gaspar Sadoc e o pastor Djalma Torres. É natural, no entanto, que exposição de tal monta gerasse aqui e ali alguns desconfortos, pois estamos lidando com pessoas, mesmo no cenário religioso. É preciso, todavia, que façamos, em coletivo, o questionamento, como propus em meu pronunciamento naquela oportunidade: é fato que líder religuoso algum seja a favor da intolerância religiosa, sempre se faz tal afirmativa à mídia, mas por que ela continua? Ora, fácil resposta, é aquela tal expressão "para inglês ver" que muito bem aqui se aplica. Todos são contra, mas nada fazem para estancar este mal da nossa sociedade plural por natureza, principalmente a baiana.É a teoria, sem uma prática de verdade. Não viceja facilmente nos canteiros religiosos este compromisso com o plural, não como favor, mas como um ideal de aceitação do diverso, como forma, inclusive, de termos nós próprios o respeito que esperamos dos outros.

É possível que agora as movimentações comecem a acontecer. Esperamos todos. Confesso, todavia, que guardo ainda alguma resistência com a expressão "tolerância religiosa", pois encontraremos, inclusive, nos dicionários, sendo abordada como "favor feito a alguém em determinadas circunstâncias: isto não é um direito, é uma tolerância". Foge, assim, ao sentido que se quer aplicar, o de respeito, não por favor, mas por se tratar de expressão constitucional de igualdade, em um País que se diz democrático.

José Medrado
Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

Intolerância de toda forma - Jornal A Tarde (Coluna Religião) 18.01.2012

Estarei, na reitoria da Ufba, no próximo sábado, dia 21, às 09h, ao lado de companheiros da igreja católica, do candomblé e do protestantismo, celebrando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, Lei 11.635/2007. A promulgação dessa lei foi um passo importante na chamada à reflexão, à necessidade de aceitarmos o diverso, no campo humano, que traz, pela sua própria natureza, a excelência da individualidade.

No entanto, vemos que ainda estamos muito, mas muito longe de fato de compreender a diversidade das crenças e aceitar, no mando sobre o nosso egocentrismo desmedido que, em se tratando de fé e sua vivência, cada ser humano traz as suas necessidades, compreensão daquilo que lhe completa, que gera o sentido real de religião, nesta religação com o sagrado de acordo com a visão de vida e anseios de cada alma.

Não é difícil tal constatação, o da intolerância contra os outros, quando percebemos que não conseguimos viver com as diferenças dentro da nossa própria religião, gerando sempre um clima inquisitorial quando alguém foge aos padrões que julgamos adequados, consoante as nossas posições, conceitos e forma de viver o que assumimos como religião. Ainda pesa a arrogância de nos acharmos os donos da verdade, do bom senso e do entendimento sobre tudo.

Infelizmente, ainda, o processo de aceitação do plural precisa passar por ações pontuais e destemidas de grupos, segmentos ou mesmo pessoas que não se intimidam diante de pressões ou velhas e comidas tradições, mas que se respaldam no chamamento constante à reflexão, porque não dizer da própria razão, em um despertamento da omissão, que geralmente caracteriza a vivência religiosa humana. Paira, lamentavelmente, uma preguiça espiritual sobre muitas pessoas, que não se permitem fugir a padrões internalizados, porque isto significaria sair do “conforto” a que se colocou por um mero processo repetitivo do que acompanhou na sua formação cognitiva.

Tratando-se, por oportuno, de cristianismo se faz necessário pontuar que o próprio Cristo não fundou religião alguma, Ele era judeu e morreu como tal. Os seus discípulos que, através de inúmeras dissensões internas, inclusive de lideranças, estabelecem as bases para nomear um grupo que acreditava em princípios e conceitos até então desconhecidos no Ocidente. Uma análise historiográfica sem preconceitos encontrará as mesmas vertentes vistas no cristianismo e muitas outras religiões, inclusive mais antigas que a do próprio Cristo.

Não aceitemos o que diverge, mas congreguemos no que converge. Penso que é isto que precisamos realçar na busca deste respeito pelo outro, lembrando que imposição não gera conversão, mas, sim, e muita, sublevação. Não guardemos a arrogância, em nada nesta vida, de acharmos que as nossas escolhas foram as melhores, são para nós, não, necessariamente, para os outros. Penso que é assim que se vive o melhor de todas as religiões: respeito amorável à forma de contemplar, vivenciar do divino de cada irmão.

JOSÉ MEDRADO / MESTRE EM FAMÍLIA PELA UCSAL E FUNDADOR DA CIDADE DA LUZ

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

As telas que seguem foram pintadas durante pintura mediúnica pública, que fiz na doutrinária de ontem, na Cidade da Luz.








Um amigo inglês, que conheci no Arthur Findlay College, na Inglaterra, me escreveu parabenizando porque o Brasil ultrapassou o Reino Unido e se tornou a 6ª maior economia do mundo, de acordo com dados do Centro de Economia e Pesquisa de Negócios (CEBR, na sigla em inglês). No entanto, ele disse que não entendia como essa posição brasileira não refletia, por parte do governo, em apoio incondicional a instituições que mantinham abrigos para crianças, por exemplo, ou mesmo um sério trabalho para erradicação do turismo sexual que assola o Brasil. Sempre que estou por lá, há uma curiosidade muito grande em relação às questões associadas a desenvolvimento da educação, apoio a crianças, velhos. O estrangeiro, de um modo geral, não consegue entender como Salvador, ou mesmo a Bahia, já que falo das minhas vivências sociais daqui, não têm abrigos governamentais para crianças em situação de risco social ou mesmo para adoção e que os existentes eram, em geral, de iniciativa filantrópicas, e por que não contamos com o apoio preciso, pronto dos governantes, pois tudo sempre é muito difícil para se conseguir junto a essas instâncias.

Os nossos governantes ainda pensam que ajudar as instituições que prestam serviços sociais é um favor. Ainda não há a conscientização dos eleitos por nós da sua obrigação, que não seja a ditada pelo interesse eleitoreiro. Infelizmente, também, alguns dirigentes filantrópicos alimentam esta postura, não reagindo, ficando na sombra do receio de retaliação e do medo de se perder o pouco que ganham.

Foi, então, que respondi a ele dizendo que, apesar dessa posição, o Brasil, no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), foi classificado na 84ª posição entre 187 países avaliados pelo índice, ficando atrás do Chile, 44ª; Argentina, 45ª; Uruguai, 48ª e mesmo de Cuba, 51ª, mas que alguns segmentos, principalmente o político, estavam orgulhosos com isso e eu pensava que o povo também. Esse meu amigo me respondeu ao e-mail simplesmente com duas palavras: “Silly people” – povo bobo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


Lá atrás, por volta do ano 2000, um orador espírita em informal conversa, onde eu estava, disse que achava que Chico Xavier deveria não mais aparecer em público, pois as pessoas poderiam questionar acerca da proteção espiritual dele. Ficou ali clara a ideia de que os médiuns precisam passar a imagem de infalibilidade, de proteção fora da realidade, ou seja, privilégio de proteção, distinção, mais uma vez ficou patente a comum tentativa de religiosos, de uma forma geral, de passarem a sua “patente” de semideuses, protegidos mais que qualquer um ser mortal comum.

Isso é tão velho, que se encontra lastrado desde o antigo Egito e ainda há os que pensam que podem continuar com a mesma fantasia. Ora, ora, somos todos iguais, em papéis diferentes, mas seguindo a caminhada sob o regime de justiça e direitos divinos absolutamente sem qualquer prerrogativa.

Por conta dessas distorções e insinuações nesse sentido, vemos uma distorção doutrinária extravagante e sem qualquer respaldo na lógica, no bom-senso, sendo aceita como verdade pelos iludidos de boa-fé que sentem necessidades de criar mitos e semi-deuses para seguirem.

Recentemente, por exemplo, o distinto Raul Teixeira sofreu um lamentável acidente vascular cerebral isquêmico em voo para os Estados Unidos, onde iria fazer inúmeras conferências espíritas. Raul é muito querido pela sua simplicidade, acessibilidade e dedicação à causa espiritista, mas, por conta dessa imagem equivocada de super-heróis, super-protegidos que se tem sobre os médiuns, recebi inúmeros e-mails e mensagens pelas redes sociais questionando sobre a presença, aviso dos espíritos para o querido médium, uma vez que ele é dedicado trabalhador. Nunca soube que Raul pregasse ou insinuasse qualquer coisa que se levasse a concebê-lo como especial, privilegiado. Nunca.

No inconsciente espírita, no entanto, essa imagem é forte, que precisa ser quebrada, pois totalmente mentirosa. Cada um de nós tem o seu próprio processo de vida, dentro dos reajustes a que nos propusemos antes do nosso reencarne, e, se estivermos em sintonia com os valores do conhecimento médico, seguiremos a nossa caminhada prevenindo, tratando de forma natural, como todo mundo.

Se houve a alguém algum privilégio o que pensaríamos da vida de Irmã Dulce e as suas dores físicas? E o atentado à sua vida, que o Papa João Paulo II sofreu? E a forma pela qual Gandhi morreu? Assassinado. São espíritos-referência de bondade e dedicação à causa do amor ao próximo.

Chico nos deu este exemplo, de uma vida profícua, comprometida, cheia de dores, mas em total fidelidade ao trabalho.

Não existem milagres, nem o sobrenatural em regime de privilégio a ninguém, o que há, sim, são pessoas em sintonia com o Bem, recebendo as inspirações para novas atitudes, tomada de caminhos novos, mas que cada um seguirá se quiser, pois, afinal de contas, temos o livre arbítrio.

JOSÉ MEDRADO É MESTRE EM FAMÍLIA PELA UCSAL E FUNDADOR DA CIDADE DA LUZ