IVETE, DILMA E A DIFAMAÇÃO
Há fenômenos mundiais que têm levado os estudiosos do comportamento humano a registrar uma devastadora perda de valor de palavra e compromisso com o ético e a verdade. Novidade alguma. Todavia, aqui no nosso país está se desenrolando, celeremente, um perigoso processo de formação cultural, no qual a identidade do indivíduo é tranquilamente enxovalhada, sem qualquer prurido de constrangimento ou recato moral. É comum infamar a imagem do outro, com o fito de desconstruí-la, movido por interesses diversos. Foi assim que vi na sexta de carnaval, estando em casa de uma amiga, no final do percurso de Ondina, a naturalmente esfuziante Ivete Sangalo desancar, diria minha mãe, alguém por ter afirmado que a sua animação era movida por alguma droga. Ivete não se fez de coitada, partiu em busca do respeito à sua imagem, à sua posição de mãe e de trabalhadora. Só se excedeu, penso, no alto da sua justa indignação, quando xingou.
Esse tipo de crime está permeando toda a sociedade, com uma certa complacência e conveniência cultural do povo, em geral, e a sua multiplicação desassisada. Também ocorreu nas eleições para presidente da república, principalmente no final do primeiro turno, na tentativa de desconstrução de imagens. O processo de difamação contra Dilma Rousseff em relação ao aborto, e que até certo ponto pegou, lançando-a, juntamente ao caso de Erenice, ao segundo turno.
O psicólogo da unanimidade burra Salomon Asch, em sua pesquisa com estudantes universitários nova-iorquinos com a finalidade de destacar o caráter contaminante das ideias, sobretudo do pensamento associativo, menos por seu conteúdo e bem mais pela forma como é apresentado, verificou que a falta de valor de formação familiar e suas vivências é um grande exacerbador da virulência com que as difamações se propagam numa total distorção do fato verdadeiro. Provavelmente, graças a esse poder contaminante do pensamento primário é que, muitas vezes, julgamos uma causa por sua aparência, brigamos com amigos por detalhes fúteis e esquecemos o imprescindível para guardar o periférico.
Há fenômenos mundiais que têm levado os estudiosos do comportamento humano a registrar uma devastadora perda de valor de palavra e compromisso com o ético e a verdade. Novidade alguma. Todavia, aqui no nosso país está se desenrolando, celeremente, um perigoso processo de formação cultural, no qual a identidade do indivíduo é tranquilamente enxovalhada, sem qualquer prurido de constrangimento ou recato moral. É comum infamar a imagem do outro, com o fito de desconstruí-la, movido por interesses diversos. Foi assim que vi na sexta de carnaval, estando em casa de uma amiga, no final do percurso de Ondina, a naturalmente esfuziante Ivete Sangalo desancar, diria minha mãe, alguém por ter afirmado que a sua animação era movida por alguma droga. Ivete não se fez de coitada, partiu em busca do respeito à sua imagem, à sua posição de mãe e de trabalhadora. Só se excedeu, penso, no alto da sua justa indignação, quando xingou.
Esse tipo de crime está permeando toda a sociedade, com uma certa complacência e conveniência cultural do povo, em geral, e a sua multiplicação desassisada. Também ocorreu nas eleições para presidente da república, principalmente no final do primeiro turno, na tentativa de desconstrução de imagens. O processo de difamação contra Dilma Rousseff em relação ao aborto, e que até certo ponto pegou, lançando-a, juntamente ao caso de Erenice, ao segundo turno.
O psicólogo da unanimidade burra Salomon Asch, em sua pesquisa com estudantes universitários nova-iorquinos com a finalidade de destacar o caráter contaminante das ideias, sobretudo do pensamento associativo, menos por seu conteúdo e bem mais pela forma como é apresentado, verificou que a falta de valor de formação familiar e suas vivências é um grande exacerbador da virulência com que as difamações se propagam numa total distorção do fato verdadeiro. Provavelmente, graças a esse poder contaminante do pensamento primário é que, muitas vezes, julgamos uma causa por sua aparência, brigamos com amigos por detalhes fúteis e esquecemos o imprescindível para guardar o periférico.